RÉPTEIS
Clado reptilia, quatro ordens: Squamata (serpentes, lagartos e angisbenas); Crocodilia (crocodilos e jacarés); Rhynchocephalia (tuataras, apenas na Nova Zelândia); e Chelonia (tartarugas, cágados e jabutis).
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Origem evolutiva:
Provavelmente evoluíram de um grupo de anfíbios, 350 milhões de anos atrás. Os primeiros eram provavelmente animais de pequeno porte, com o aspecto de um lagarto atual, se alimentando de insetos.
Grande adaptação à vida em terra firme:
- Corpo recoberto por uma grossa camada impermeável, constituída de queratina; e
- Pulmões eficientes nas trocas gasosas com o ambiente aéreo.
Ectodérmicos (animais de sangue frio):
Não utilizam extensivamente o metabolismo para controlar a temperatura corporal, que é então regulada por meio de adaptações comportamentais, como se manter no sol quando sua temperatura está baixa, ou em locais sombreados e água quando está quente.
- Animais endotérmicos precisam de muitas calorias, pois gastam grande quantidade de energia para regular a temperatura corporal;
- Animais endotérmicos conseguem manter uma atividade física mais intensa por causa da manutenção de uma temperatura corporal elevada.
- Revestimento corporal:
Pele constituída por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é espessa e altamente queratinizada (impregnada de queratina, proteína fibrosa impermeável e resistente, refletindo sua adaptação aos ambientes de terra firme, onde a umidade é baixa e a perda de água por transpiração tem de ser reduzida). Ela forma placas denominadas escamas córneas. Alguns répteis trocam periodicamente a camada epidérmica mais externa, permitindo o crescimento.
- Sistema esquelético
Semelhante ao dos outros tetrápodes – certos grupos apresentam grandes modificações esqueléticas devido à adaptação a determinados modos de vida.
- Sistema digestório
Semelhante ao dos anfíbios em sua organização geral.
A maioria é carnívora, se alimentando de diversos tipos de animais. Algumas espécies de cágado, tartaruga e lagarto são herbívoras.
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- Sistema respiratório:
Pulmões mais desenvolvidos que os dos anfíbios, com mais dobras internas. Possuem músculos ao redor das costelas, permitindo expandir e contrair a caixa torácica, forçando o ar entrar e sair dos pulmões.
- Sistema circulatório
Possuem dupla circulação sanguínea, como anfíbios, aves e mamíferos. Estão divididos em dois tipos:
- Répteis não crocodilianos: dois átrios e um ventrículo (que apresenta dois septos musculares incompletos que delimitam três compartimentos ventriculares: cavidade pulmonar, cavidade arteriosa e cavidade venosa).
- Répteis crocodilianos: dois átrios e dois ventrículos. Curiosidade: duto denomiado forâmen de Panizza comunica as artérias direita (que sai do ventrículo esquerdo, com sangue oxigenado) e esquerda (que sai do ventrículo direito, com sangue venoso) e permite a passagem de sangue arterial da primeira para a segunda em situações de apneia, como no mergulho.
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- Sistema excretor:
Realizada por um par de rins. Em alguns, a urina é conduzida dos rins diretamente para a cloaca pelos ureteres; em outros, é armazenada em uma bexiga urinária antes de seguir trajeto.
A maioria excreta ácido úrico menos tóxico que a amônia e pode ser eliminado da urina com grande economia de água por ser pouco solúvel nesta – diversos répteis reabsorvem parte da água enquanto ela está armazenada na cloaca; assim, o ácido úrico se concentra se transformando em uma pasta esbranquiçada, que pode ser eliminada nas fezes ou armazenada dentro do ovo. Essas são adaptações ao ambiente de terra firme, onde a economia de água é importante, e ao desenvolvimento embrionário em terra firme.
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- Sistema nervoso e sentidos
Semelhante ao dos anfíbios, com algumas inovações.
Visão, num geral, muito boa.
Olfato excepcional em alguns grupos: as serpentes, por exemplo, conseguem sentir o “gosto do ar” com a presença do órgão de Jacobson (órgão olfativo especial no teto da boca) – colocam a língua para fora e para dentro, capturando moléculas de ar e identificando as substâncias captadas).
https://por.jubdev.com/why-do-snakes-flick-their-tongues-350527
As serpentes são “surdas” a sons propagados pelo ar, mas captam vibrações do solo por meio dos ossos do crânio.
REPRODUÇÃO
Dioicos e ovíparos: machos introduzem espermatozoides na colaca da fêmea com o pênis durante a cópula. Segue a fecundação interna e o desenvolvimento direto.
- Em algumas espécies, as fêmeas podem armazenas os espermatozoides no seu corpo por mais de um ano.
- Poucas espécies de lagarto são constituídas apenas por fêmeas, que se reproduzem por partenogênese: óvulo se desenvolve sem a fecundação.
- OVOS: das serpentes, maioria dos lagartos e tartarugas, protegido por uma casca flexível, com consistência de couro; de cágados, crocodilos e alguns lagartos, protegido por uma casca rígida, como o das aves.
Eles contêm água e alimento suficientes para todo o desenvolvimento embrionário. Os gases respiratórios se difundem através dos envoltórios do ovo.
Espécies ovíparas, ovovivíparas (ovo dentro da mãe) e poucas vivíparas (estrutura equivalente a placenta).
- Anexos embrionários: ÂMNIO, bolsa cheia de líquido que envolve o embrião e protege da dessecação de eventuais choques mecânicos; SACO VITELÍNICO, bolsa ligadas ao sistema digestório do embrião, envolvendo a gema do ovo e retirando dela componentes nutritivos para os vasos sanguíneos do embrião; ALANTOIDE, bolsa ligada ao intestino do embrião, armazenando as excreções produzidas por este ao longo do desenvolvimento; CÓRION, envolvendo o embrião e todos os outros anexos, possibilitando trocas de gases respiratórios entre o sangue embrionário e o ar atmosférico com um contato direto com a casca do ovo.
https://planetabiologia.com/anexos-embrionarios/
Informações do livro Biologia dos Organismos 2 - Moderna Plus