SUBFILO UROCHORDATA
Os urocordados e os cefalocordados são agrupados em protocordados. É um subfilo dos Cordados.
Características gerais:
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Animais sésseis, vivem grudados a algas, rochas, substratos submersos em mares de todo o mundo, regiões polares até equatoriais;
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Indivíduos que são solitários e indivíduos que formam colônias;
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O tamanho varia de alguns milímetros até uns 10 cm de comprimento;
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Larvas são livres-natantes;
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Livres ou parasitários;
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Habilidade de produzir celulose altamente cristalina;
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Divididos em 3 classes
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Ascidiacea, cordados invertebrados mais conhecidos entre os urocordados
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.Thaliacea, são planctônicos filtradores, geralmente se agrupam em colônias, cada integrante se chama zoóide. Geralmente se espalham pelas regiões de água quente e temperada. Possuem vida livre.
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Larvacea ou Appendicularia presente no litoral brasileiro. Permanecem com morfologia larval a vida toda. Criam uma corrente de alimentação para filtrar as partículas de alimento da água.
Tunicata
O corpo dos urocordados é revestido por um envoltório espesso, chamado de túnica, por isso o antigo nome do grupo Tunicata. A túnica é formada por um polissacarídeo (semelhante a celulose) e tem duas aberturas: O sifão inalante, onde a água do mar penetra no corpo do animal, o sifão exalante, ou seja, por onde a água retorna ao ambiente.
Estrutura Urocordados
A boca do urocordado localiza-se no fundo do sifão inalante, segue a faringe, que tem forma de cesto, perfurada por muitas fendas. Após a água ser inalada atravessa essas fendas e vai para o átrio, câmara em torno da faringe, que se comunica com o meio externo pelo sifão exalante.
Depois de adulto as diferenças entre os urocordados e os outros cordados é nítida. O tubo nervoso e a notocorda desaparecem. A única semelhança que lembra os cordados é a presença de fendas faringianas.
A larva-natante dos protocordados apresenta as quatro características principais do grupo, tubo nervoso dorsal, notocorda, fendas faringianas, cauda pós anal. Porém depois durante a metamorfose, quando a larva se transforma em adulto, a cauda regride e a notocorda desaparece, pois a notocorda é restrita a cauda das larvas, por isso o nome do grupo, Urochordata, (uros, cauda- grego).
Alimentação
Os urocordados se alimentam de partículas orgânicas encontradas no mar que circula em seu corpo. O alimento adere ao muco produzido em um sulco da faringe, chamado endóstilo, e é levado por células ciliadas em direção ao esôfago e estômago, que começa a digestão extracelular. Do estômago passa para o intestino, onde a digestão extracelular termina e os nutrientes são absorvido. Os resíduos são eliminados pelo ânus, se abre no sifão exalante, e saem para o exterior.
Trocas gasosas
A água que circula pelos sifões traz oxigênio e leva gás carbônico e excreções. As traves que separam as fendas faringianas apresentam uma rede de vasos capilares, sendo equivalentes as brânquias.
As trocas gasosas ocorrem na faringe, que tem grande contato com a água.
Sistema circulatório
Sistema parcialmente aberto, a hemolinfa penetra em grandes bolsas, sinusoides, que se localiza entre os tecidos corporais, onde ocorrem as trocas gasosas. Os sinusoides é como um tipo de hemocela mais complexo. Os urocordados têm coração, localizado na base da faringe, o qual parte vasos que chegam ás brânquias e aos órgãos corporais.
Reversão sistemática do fluxo circulatório é típico dos urocordados, após um tempo de contrações que a hemolinfa é impulsionada em direção as fendas faringianas, o coração para rapidamente de contrair e inicia novamente impulsionando a hemolinfa em sentido inverso, para os órgãos do corpo.
Sistema nervoso e sentidos
O sistema nervoso é um tubo nervoso localizado dorsalmente, durante o estágio larval. Se estende da extremidade anterior até a posterior da larva. Os nervos, que são prolongamentos a partir do tubo nervoso, atinge os diversos órgãos da larva.
Na fase adulta o sistema se modifica completamente e passa a ser constituído por um único gânglio nervoso, que saem nervos para todo o corpo.
Os órgãos sensoriais são receptores táteis situado perto da abertura dos sifões, receptores gustativos, olfativos, e luz não foram comprovados pelos cientistas. Na fase larval há uma estrutura denominada olho, mas a função é somente perceber variação de luminosidade do ambiente.
Reprodução
Algumas espécies têm reprodução assexuada por brotamento, que originam as colônias, porém todas apresentam reprodução sexuada, a maioria é monoica.
Os gametas são liberados no átrio e eliminados pelo sifão inalante, a fecundação é externa, na água do mar. O zigoto se desenvolve em uma larva livre-natante, o desenvolvimento é indireto. A larva tem cauda musculosa, sustentada pela notocorda. Após nadar um pouco a larva se fixa em um objeto submerso por meio de estruturas adesivas presentes na região anterior. Ocorre metamorfose, processo em que a cauda e a notocorda são reabsorvidas, o sistema nervoso modifica drasticamente, e o organismo adquiri as características de adulto.